Você com certeza já ouviu falar de Gregor Mendel, o frade que se tornou conhecido como o pai da genética. Há cerca de 160 anos, Mendel publicava seus clássicos estudos sobre herança genética em ervilhas, observando como sete diferentes traços fisiológicos se comportavam entre as gerações.
Mas você sabia que, mesmo com seu brilhantismo, três desses traços não tiveram sua base explicada por Mendel?
Os traços que permaneceram sem resposta por mais de um século foram:
- 🌿 A origem da cor verde versus amarela nas vagens;
- 🛋 Vagens infladas versus constritas (“apertadas”);
- 🌺 Posição da flor (axial ou terminal).
Agora, um artigo publicado na revista Nature acaba de elucidar esses três traços com ajuda de tecnologias modernas de sequenciamento e análise fisiológica.
Os cientistas analisaram mais de 700 variedades de ervilhas, associando mapeamento genético à investigação de traços fisiológicos.
🧪 Os resultados revelaram que:
- A cor das sementes e vagens é determinada por uma mutação que afeta a síntese e degradação da clorofila;
- A forma das vagens tem origem em duas mutações: uma que impede a produção de um peptídeo sinalizador, e outra que interrompe um fator de transcrição responsável pela espessura das paredes celulares;
- A posição das flores, que varia entre axiais e terminais, está associada a uma mutação que altera a estrutura do meristema apical, provocando um agrupamento anormal de flores no ápice — um fenômeno conhecido como fasciação.
📊 Para além de solucionar os mistérios de Mendel, o estudo ainda descreve mais de 70 outras características fisiológicas associadas à produtividade e diversidade fenotípica da espécie, com potencial de impacto em pesquisas agrícolas futuras.
🚀 Isso não é apenas um avanço na genética: é também uma grande homenagem a Mendel, 160 anos depois de sua descoberta, provando como suas questões ainda inspiram a ciência moderna.
🎥 Corre para ver o Reels que publiquei sobre esse estudo e veja como a genética e a fisiologia vegetal continuam caminhando juntas rumo ao futuro!
