Independente da espécie, as plantas necessitam de uma quantidade de água necessária para suprir a sua necessidade metabólica. A água, vinda do solo, segue o fluxo transpiratório, que é causado por um gradiente de pressão de vapor entre os tecidos saturados com água (da folha) e a atmosfera (que tem demanda de vapor d’água). As variações nesse gradiente de pressão de vapor são denominadas de demanda evaporativa. Portanto, a absorção de água pelas raízes é dependente desta pressão de vapor gerado entre a superfície da folha e a atmosfera. No entanto, as plantas podem modular este gradiente, de maneira que a permita reduzir as perdas de água, ou aumentar o fluxo de água por entre a planta até a atmosfera. Para que possamos entender como se dão estas relações entre a água do solo, da planta e da atmosfera, temos de entender o potencial hídrico, que é, basicamente, o conteúdo de água do solo, da planta ou da atmosfera.
comparação com a água pura, temos que em temperatura de 25ºC e em pressão atmosférica normal, o Ψw da água pura é de 0 (zero) MPa. Nesse sentido, a diferença entre um potencial hídrico (Ψw) de dois pontos define para onde a água irá ser direcionada. Ou seja, o Ψw representa a pressão de um dado sistema para que a água vá de um ponto à outro. Na Equação 1, vemos os componentes do potencial hídrico (Ψw).

Então, temos que o Ψw é formado por que é o potencial osmótico, ou o potencial químico da água em uma solução, que é alterado pela presença de solutos (substancias dissolvidas que alteram as relações osmóticas). Nesse sentido, quanto maior a quantidade de solutos em um dado ponto, menor será o potencial osmótico e, consequentemente, menor será o potencial hídrico. Além disso, o , que é o potencial mátrico, é dado pelo carregamento das superfícies, principalmente por componentes inerentes ao solo e da parede celular. O potencial mátrico () é principalmente importante no solo. O potencial de pressão hidrostática é um componente que pode ser positivo e negativo e se refere à pressão física exercida em um sistema. Por último, o potencial gravitacional , este é normalmente ignorado, pois tem maior efeito em árvores de grande porte, e no solo ele é mais expressivo após atingir a saturação.